domingo, 3 de março de 2013

Sobre manifestações...


Hoje perguntaram-me se ontem fui à "Manifestação".

O que eu imediatamente respondi é que já me manifesto que chegue, de quatro em quatro anos ou de cinco em cinco - e às vezes até mais cedo.

É uma "Manifestação" à qual os portugueses dão muito pouco valor. Talvez porque não seja permitido o frenesim de andar com cartazes.

Não estou a dizer que as manifestações com frenesim não sejam legítimas. Contudo, veja-se que a taxa de abstenção nas últimas Legislativas (2011) foi de exactamente 41,93% - o que significa que em dia de eleições, um tipo de manifestação sem frenesim e com EFEITOS PRÁTICOS, 4.035.539 de portugueses com direito a escolher os seus representantes no órgão que faz e aprova as leis, ficaram "em casa".

As pessoas insistem em soprar contra a parede, à espera que ela caia. Ou gritar para uma porta fechada, aguardando que se abra.

Que resultados práticos têm este tipo de louváveis iniciativas? As manifestações, as greves de autocarros...

Os políticos até têm motorista. Alguns deles mais do que um.

Isto para dizer o quê, na minha solene e arrogante opinião? 

R.: Se querem matar - matem, se querem esfolar - esfolem. É preferível cão que morde do que cão que ladra.

Mas podem "matar" e "esfolar" por via de eleições. Para isso é necessário saber fazer um X. Ou ainda que não saibam a resposta correcta a essa escolha múltipla - se é que existe - a simples ida às Urnas já é um voto - na democracia e no que ela representa.

Essa coisa do "bota a baixo e mete lá outro" nunca resultou bem. Veja-se Cuba, Angola, China... etc. etc. etc.

E atentem no seguinte: a mesma máquina que cortou a cabeça de Luís XVI, cortou a de Robespierre...


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