sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sobre Hydra...

Hydra na mitologia grega
O Renard tem hesitado em vir ao blog tecer comentários sobre a situação política actual do país...

Mas a pedido de várias famílias...

O Hydra (ou a Hydra) é um animal mitológico muito difícil de derrotar. Não pelo motivo de ter sete cabeças mas pelo facto de que, ao cortar-se uma delas, nascem duas imediatamente no mesmo lugar.

A única forma de derrotar o Hydra é decepar ou bater de forma letal na cabeça do meio...

"Para bons entendedores, meia palavra basta"

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sobre partidos políticos...

Farinha


Devem-se pautar pelo equilíbrio e harmonia entre a vertente ideológica e o objectivo que é a tomada do poder.

Se houver uma concentração superior na ideologia e não no objectivo, trata-se de uma utopia. Maquiavel já disse isso há muito tempo, que sem poder nada se consegue fazer ou realizar.

Mas também não deve haver uma obsessão excessiva pelo objectivo da tomada do poder, esquecendo-se a componente ideológica.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Sobre Sócrates...

"Amor ou Ódio - ambos me favorecem:
Se me amarem, estarei sempre no vosso coração;
Se me odiarem, estarei sempre na vossa mente" - W. Shakespeare
Opiniões políticas à parte, dado que cada um tem a sua, umas mais bem formadas que outras, a entrevista de Sócrates foi ontem vista por 1,6 milhões de espectadores.

Shakespeare, ou Edward de Vere, tem uma citação plenamente aplicável à situação.

Independentemente de aqueles milhões de pessoas não serem todos admiradores da anterior Legislatura, o facto de se terem interessado no que José Sócrates tem para dizer, após este tempo de clausura perante a actividade política, é um indicador que a muito pouco variadas conclusões faz chegar.

É gente que ou o odeia ou que o ama...

Diga-se o que se disser, TODAS as afirmações, pelo próprio proferidas naquela intervenção, têm fundamento de verdade.

Advice:

Não ponham críticos de moda - ou pseudo-críticos de moda - a fazer crítica política...

Característica fundamental na crítica de moda: Parcialidade
Característica fundamental na crítica política: Imparcialidade


quarta-feira, 27 de março de 2013

Sobre a "insegurança" de Seguro...



Moção de censura [Portugal]: mecanismo político de controlo da acção governativa por parte do parlamento, que em caso de aprovação implica a queda do governo.

No melhor timing que podia ser [coff... coff...], o líder do maior partido da oposição resolve anunciar uma moção de censura. E será que a "queda do governo" é o único objectivo de Seguro e da sua facção dentro do PS?

Veja-se a cronologia



27 de Março de 2013 - PS redige Moção de Censura

Não é preciso ser-se historiador para perceber que há aqui uma relação qualquer... Conjunturas e afins...

O que António José Seguro está a fazer não é mais que causar instabilidade política, com possível queda do governo, com grandes motivações de orgulho pessoal.

Essa instabilidade política causará maiores agravos à credibilidade que este país tem perante o exterior que, diga-se desde já, como todos sabem, já não é grande coisa.

Não querendo servir de Advogado do Diabo, pois este governo nasce de uma semelhante situação (instabilidade política com resultados catastróficos para a economia e juros da dívida pública [um país instável politicamente é sempre visto como um mau pagador - e os juros lá sobem]), caro António José Seguro - não seria melhor esperar que José Sócrates descascasse primeiro um bocadinho no governo PSD, para se fazer depois uma moção de censura?

Ou há aí medo de sombra?

Ou quer provar alguma coisa?

Leia lá um bocadinho de SunTsu e recomende aos Jotinhas, como V. Exa., que se aprende mais de acção política com a leitura de livros como "Arte da Guerra" que com andar a abanar bandeiras e a colar cartazes, atrás de candidatos que mal conhecem...

Lá está... O PS é literalmente um "partido"... E muito "partido" que ele está...


sábado, 23 de março de 2013

Sobre "experiência política"...

Já no século onde nem as fraldas nem os políticos...
...se descartavam tão facilmente...
se dizia...
Em linguagem formal...

Experiência política é uma característica invocada pelos detentores do poder, de mandato, ou coisa alguma, para muito pouco democraticamente, mas com ausência formal de tom autoritário ou segregacionista, se ser destrutivo, perante os que, apesar de com o mesmo direito constitucionalmente consagrado, pretendem exercer sufrágio passivo.

No mundo laboral ocorre exactamente o mesmo: os indivíduos, muitas vezes após uma longa/brilhante/dispendiosa carreira académica, apresentam-se às entidades patronais, com propostas inovadoras ou apenas com intuito de colaborar com a realidade já existente, com vista a exercer uma função, a troco de justa contrapartida, que permita sustentação financeira e económica. No entanto, é imediatamente referido que os dictos indivíduos carecem de "experiência profissional".

Como poderiam eles ter "experiência profissional" se não lhes foi dada oportunidade para a adquirir?

Em brejeirice...

Quer dizer - na lei está a dizer que um gajo pode eleger ou ser eleito e há uma cambada de camelos de dupla bossa que dizem "ah e tal...mas que experiência política é que ele tem?"

Faz lembrar quando os patrões dizem "Opá tu não podes trabalhar aqui - não tens experiência!"... Como é que um gajo pode ter experiência se nunca trabalhou na vida e acaba de sair da escola!?

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Experiência política é diferente de caciquismo...

Quantos políticos têm "Ciência Política" no Curriculum?

"Ah... Mas para se eleger ou ser eleito não é preciso ter frequentado uma Universidade"

- Mas "experiência política" já é?

Tentemos definir nas nossas cabeças o conceito...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Sobre Japão 日本について (Nihon ni tsuite)




The Samurai and the Monk


A big, tough samurai once went to see a little monk. "Monk," he said, in a voice accustomed to instant obedience, "Teach me about Heaven and Hell!"



The monk looked up at this mighty warrior and replied with utterdisdain - "Teach you about Heaven and Hell? I couldn't teach you about anything. You're dirty. You smell. Your blade is rusty. You're a disgrace, an embarrassment to the samurai class. Get out of my sight. I can't stand you."

The samurai was furious. He shook, got all red in the face, was speechless with rage. He pulled out his sword and raised it above him, preparing to slay the monk.

"That's Hell..." said the monk softly.

The samurai was overwhelmed. The compassion and surrender of this little man who had offered his life to give this teaching to show him Hell! He slowly put down his sword, filled with gratitude, and suddenly peaceful.

"And that's Heaven," said the monk softly.

author unknown

sábado, 16 de março de 2013

Sobre perfeição...


Realmente há gente que busca a perfeição... A questão é - qual a utilidade da perfeição?

Eu sou a pessoa mais imperfeita que existe, de facto - e de jure...

Mas também assim é a peça do puzzle.

A fábula da perfeição [da minha autoria]

Certo dia, o quadrado e a peça de puzzle, durante uma caminhada pelos jardins da geometria, onde as copas das árvores eram trapézios e os frutos triângulos, o quadrado interpela:

- Tu não pertences aqui... Este é o mundo da perfeição... Todos somos rectilíneos... Até a circunferência, de ângulos ausentes, é simétrica e perfeita.

Depressa se espalhou a ideia, e todas as peças de puzzle foram expulsas dos jardins da geometria e do mundo da dita perfeição.

A peça de puzzle, tristonha, caminhou no vácuo - sem destino, sem objectivos, sem motivo para viver...

A pouco e pouco, a peça de puzzle foi encontrando suas semelhantes, também exiladas.

- O que fazes? Para onde vais? - pergunta uma delas
- Não sei... - responde a outra
- Posso ir contigo?
- Vamos!

E abraçaram-se.

As duas peças encontraram outras,

E outras e outras...

E à medida que se foram juntando e complementando, foram crescendo em conjunto, fazendo sombra aos jardins da geometria.

Os quadrados, os triângulos, as circunferências tentaram superar, no entanto, à medida que iam subindo, iam caindo - não encaixavam, não se seguravam.

O puzzle foi tomando forma. À medida que crescia, as peças foram percebendo o seu destino, os seus objectivos, o seu motivo para viver - o seu próprio sentido de perfeição...

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Mas isto para dizer o quê, curto e grosso:

- A peça de puzzle pode até nem ser perfeita, mas ao menos encaixa...

Peça de puzzle, com muito gosto...